Dentistas montam consultório sobre moto para driblar trânsito em SP

A caixa tem todos os motorzinhos, pinças e sugadores que caracterizam um consultório fixo. O equipamento permite fazer de extrações, curativos, drenagem e controle de hemorragias, tanto em residências quanto em locais de trabalho ou lazer. O prazo de atendimento é de no máximo 30 minutos.
![]() local do atendimento | ![]() instrumentos usados pelo dentista |
![]() procedimentos de urgência | ![]() e inicia o tratamento (Fotos: Roney Domingos/G1) |
O presidente do Conselho de Ética do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, Ideval Serrano, afirma que já viu atendimento em vans, mas nunca sobre motos. "Acho que se a pessoa for necessitada pode ser bom. Ajuda um pouquinho, mas nada como ter consultório em uma clínica bem montada", afirmou. Ideval afirma que o serviço pode contrariar a norma SS 15 , do Ministério da Saúde, que estabelece as normas para a prestação de serviços odontológicos.
Colega de Sato, a diretora técnica Carina Scapin explica por que o equipamento vai sobre a moto e não com o dentista. "Se o consultório fosse com o dentista, teríamos que ter um equipamento para cada profissional. O equipamento tem de voltar para a central para ser desinfectado, esterilizado", afirmou. De acordo com ela, quase todos os instrumentos são importados e o baú foi especialmente desenvolvido para suportar o consultório ambulante.
Cada uma das dez motos equipadas com consultório móvel têm de ter uma licença especial da prefeitura para transportar o equipamento, que pesa 25 quilos. O gerente de novos negócios da empresa que presta o serviço, Marcelo Mariano, afirma que as motos foram padronizadas para atender as exigências da prefeitura e os motoboys passaram por treinamento para o serviço.
"É mais fácil levar uma pessoa de 120 quilos do que levar um equipamento de 25. O baú tem dimensões determinadas pelo Departamento de Transporte Público. Depois de várias tentativas conseguimos chegar a um peso ideal e adequado para o transporte", afirmou. Um dos motoboys treinados para o atendimento, José Ricardo Malavazi da Silva, afirma que sabe a responsabilidade que terá pela frente. "Já tive dor de dente', brinca.
Fonte : G1
0 comentários:
Postar um comentário